Conhecida por seu investimento em tecnologia e cultura, cerca de 95% da população da China é alfabetizada, com grande parte das escolas profissionalizantes, universidades e cursos técnicos voltados à tecnologia. Desde 2013, o governo anunciou a aplicação de bilhões para educação e ciência e para cultura não é diferente.
A CDPPAT é mantida pela China Arts and Entertainment Group (CAEG) – maior empresa cultural estatal da China – e realiza, por ano, cerca de 4 mil atividades culturais, como espetáculos, performances e exposições, em mais de 200 cidades ao redor do mundo. Apresentando o espetáculo “My Dream”, que já passou por mais de 100 países, eles chegam pela primeira vez no Brasil neste ano.
A coreografia de “My Dream” leva ao palco a vivacidade da música chinesa tradicional aliada à dança folclórica do país, expressões do balé moderno e à linguagem de sinais. Referência mundial na arte performática e inclusiva, o grupo recebeu o título de “Artista da paz” pela UNESCO em 2007.
O espetáculo conta com a sequência musical de “Pássaros Brancos” (“The White Bird”), uma das músicas tocadas por oito minutos nos Jogos Olímpicos de Inverno para Deficientes em PyeongChang. O solo instrumental de “Polka” que combina o uso da clássica flauta de bambu chinesa, tocada dentro de um excerto de música folclórica ocidental, além das famosas músicas chinesas como, “Noite Profunda” e “Corrida de Cavalos” (“Deep Night” e “Horse Racing”).
Entre os destaques da apresentação está a coreografia Bodhisattva de mil mãos, a qual amparada por iluminação e performance impactantes, causa ao espectador a ilusão de ótica de que há apenas um bailarino em cena, possuidor de uma infinidade de braços que se movem no ritmo da música.
Na passagem do grupo pelo Brasil, conversamos com Mr. LI Jinsheng, presidente da China Arts and Entertainment Group, e com a primeira bailarina da companhia, Wei Jingyang, confira.
Há projetos como esse no Brasil?
Sim. Comandada pela bailarina Fernanda Bianchini, o Brasil tem a primeira e única escola de balé para cegos do mundo. A associação é localizada na Vila Mariana, São Paulo, transcende a dança, acolhendo pessoas e mostrando que é possível encontrar seu espaço na sociedade e seguir seus sonhos. São aulas gratuitas para mais de 300 pessoas, com e sem deficiência, que aprendem juntos. Fernanda criou um método de ensino que inclui todos, o que separa as turmas são apenas os níveis de dança que evoluem de acordo com idade. Além do balé, há exercícios de pilates, fisioterapia, cursos de teatro, sapateado, dança do ventre, dança de salão e danças para a terceira idade. Conheça a Cia Ballet de Cegos e apoie projetos nacionais!